quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Benfica em Angola por dois milhões USD

 

O Sport Lisboa e Benfica pode encaixar dois milhões de dólares para defrontar os Palancas Negras, no dia 11 de Novembro, segundo uma informação avançada a O PAÍS, por uma fonte próxima da Federação Angolana de Futebol (FAF).
A fonte reagia ontem à informação avançada pelo jornal português Diário de Notícias, que adianta apenas o valor de 500 mil euros como o cachê envolvido no confronto, realizado em alusão ao dia da Independência Nacional.
Segundo a mesma fonte, a comissão organizadora do jogo pretende dar apenas cem mil dólares para os Palancas Negras prepararem o jogo.
A fonte da FAF diz que os Palancas Negras pretendiam concentra-se na segunda-feira, um dia depois do fecho do Girabola2010, e rumar depois para a cidade de Benguela onde iriam cumprir um micro-estágio até ao dia 8, regressando a Luanda para o jogo no Estádio 11 de Novembro.
A notícia do jornal português adiantava ontem apenas 500 mil euros como cachê para os encarnados. Ainda assim dizia ser um valor superior ao que a SAD do Sport Lisboa tem pedido em jogos dessa natureza. “Ao que o Diário de Notícias (DN) apurou, em vez dos 250 mil euros que costumam receber, os encarnados vão encaixar, desta vez, um valor a rondar os 500 mil euros”.
O jornal revela ainda que “esta é a receita directa e imediata desta mini-digressão, que visa participar nas comemorações do 35.º aniversário da Independência de Angola. Uma verba considerável mas que fica ainda aquém daquilo que os principais clubes europeus cobram por cada partida: o Real Madrid e o Inter de Milão, por exemplo, recebem cerca de um milhão de euros por cada particular”.
O jornal recorda que esta viagem a Luanda está a levantar alguma polémica na Luz, sobretudo por causa do momento sensível da época em que a equipa está.
“O DN sabe que na SAD se levantaram algumas vozes a questionar esta digressão, sobretudo os efeitos que ela provocará na equipa, que tem um mês de Novembro com jogos muito importantes para o campeonato português e para a fase de grupos da Liga dos Campeões”.
Diz que esta viagem tem como objectivo, para o Benfica, a obtenção de receitas extraordinárias para suportar o resto da época, sobretudo quando o mercado de transferências abrir em Janeiro.
O PAÍS soube de outra fonte próximo da comissão organizadora das festividades da Independência que as receitas do jogo não virão dos cofres do governo, mas de empresas privadas como a Mota -Engil Angola, bancos comerciais e Refriango.
Francisco Morais, uma pessoa ligada à organização do jogo e que se encontra em Lisboa, disse simplesmente a O PAÍS que não tinha informações para fornecer ao nosso jornal.
“Sim contribuímos”
O Banco BIC é uma das instituições que se vai associar à festa da independência, em particular, a realização do jogo entre os Palancas Negras e o Sport Lisboa e Benfica, segundo o seu administrador Fernando Teles, queprestou esta informação a O PAÍS, sem, no entanto, dizer qual será a contribuição financeira da instituição a que preside.